A dieta Cetogênica é um tipo de conduta que consiste em reduzir o número de carboidratos ao ponto de levar o corpo a um estado chamado cetose. Assim como na dieta Low Carb, o objetivo é que o organismo passe a usar como fonte de energia as gorduras acumuladas no corpo. Porém, na dieta cetogênica, a restrição de carboidrato é maior. 

O resultado é uma mudança de vias metabólicas de obtenção de energia com consequências significativas. Porém, o período de adaptação pode ser complicado para algumas pessoas e, em certos casos, até contraindicado.

É importante destacar que nem toda dieta de restrição de carboidratos leva à cetose. Uma dieta Low Carb bem conduzida possui uma quantidade de carboidratos que não permite ao organismo chegar em estágios avançados de produção de corpos cetônicos. Isso porque, como veremos a seguir, não é necessário atingir esse estágio para obter bons resultados de emagrecimento. 

Dieta Cetogênica e Emagrecimento

O estado de cetose leve costuma ocorrer diariamente com todos nós. Quando ficamos mais de 12 horas sem ingerir qualquer alimento, o corpo ativa o mecanismo de queima de ácidos graxos para continuar funcionando. A dieta leva esse nome porque, uma vez que o corpo usa a gordura como alimento, o fígado produz, como consequência, substâncias chamadas corpos cetônicos. 

A boa notícia para quem quer emagrecer é que não há necessidade de uma dieta cetogênica para que você perca peso. Afinal, a dieta LowCarb já é capaz de levar ao emagrecimento. Uma vez que você não esteja ingerindo carboidratos o suficiente para suprir a demanda energética, o seu corpo vai tirar de algum lugar, certo? Essa fonte provavelmente serão as gorduras do seu próprio corpo. Assim, a consequência será o emagrecimento. 

Para quem a dieta cetogênica é indicada?

A dieta cetogênica tem sido cada vez mais estudada e há fortes evidências de sua eficácia como terapia para distúrbios relacionados ao sistema nervoso. Entre eles, podemos citar epilepsia refratária e Alzheimer. Os mecanismos ainda não são 100% conhecidos, mas a principal hipótese é que, como não recebe carboidratos, o cérebro (que se alimenta prioritariamente desse macronutriente) precisa se adaptar. Ele passa, então, a obter energia dos corpos cetônicos, trabalhando de uma forma diferente do convencional. Essa mudança é o que faria com que pacientes, que antes tinham dezenas de crises por dia, passem a ter menos crises e melhor qualidade de vida.

A grande questão é a dificuldade que algumas pessoas enfrentam em adaptar-se a um consumo de carboidratos que se limita a, no máximo, 30g por dia. Além disso, a dieta cetogênica precisa ser orientada por um profissional. Ela requer acompanhamento de exames e orientações sobre quais são os alimentos que, de fato, precisam ser descartados da dieta.

Esta dieta pode ser perigosa?

Um dos maiores medos de quem segue uma conduta cetogênica é que os corpos cetônicos presentes no organismo passem a ser tóxicos e causem algum distúrbio fisiológico. Apesar do acompanhamento de exames ser fundamental e uma conduta cetogênica não ser indicada para todas as pessoas, isso não quer dizer que ela seja perigosa.

Para que fique claro, qualquer substância, quando em excesso no sangue, pode ser prejudicial ao organismo como um todo, inclusive os corpos cetônicos. No entanto, os níveis atingidos apenas com mudanças na alimentação não são suficientes para causar algum tipo de problema. 

Como já mencionado, a dieta cetogênica é difícil de seguir e, quando comparada à Low Carb, não possui diferenças significativas de resultado para emagrecimento. Já para pacientes que sofrem com muitas crises de epilepsia ao dia, essa pode ser a chance para uma qualidade de vida sequer imaginada. 

Portanto, antes de escolher qual o tipo de dieta você deseja seguir, consulte um bom endocrinologista e informe-se sobre qual conduta é a mais adequada para o seu caso. 

passo a passo para uma dieta low carb bem sucedida